04 dezembro 2009

2007 Prudential Center, NJ, USA

Em Novembro de 2007 embarquei com alguns amigos numa viagem de 10 dias ao outro lado do Atlântico, nos quais não faltaram alguns incidentes e muitas peropécias.

Entre os passeios obrigatórios a NYC, começamos por assistir dia 3 de Novembro à 6ª noite dos Bon Jovi no Prudential center de Newark. E o que obtivemos? Bom, aqueles meninos estavam em grande. Logo desde a original entrada em palco, já que dá oportunidade a cada um dos 4+1 elementos de entrarem 1 a 1 e serem respeitosamente aplaudidos pela multidão que os aguarda.

O Lost Highway não é o melhor começo mas definitivamente marca o ritmo que o álbum homónimo nos oferece. Mas depois são hinos atrás de hinos e, apesar de já ouvido 1001 vezes aquele refrão do You Give Love a Bad Name, à que dizer que tem um power inigualável. O Raise your hands continuou a dar cartas e porque o frio apertava soube tão bem ouvir o Summertime. Acera desta última, confesso que pessoalmente é das minhas favoritas e o inicio ao vivo à la We will Rock you dos Queen dá ainda mais força a uma letra divertida e um ritmo estonteante.

Nesta primeira noite tivemos a sorte de poder ouvir o Blood on Blood que é sempre uma favoria ao vivo dada a emoção que transporta. Outros momentos altos foram o We Gotta goin on - indubitavelmente a melhor musica ao vivo do trabalho que estava a ser promovido -, uma interpretação muito blues do These Days pelo Sr Sambora que irradiava simpatia e carisma; Last man standing, Lay your hands on me - a música que faltou nas tornes anteriores, é daquelas que sabe tão bem ouvir de novo. Desde a intro até ao último refrão são 5 minutos de grandes guitarradas e muitos coros. Finalmente o Keep the Faith com o Sympathy for the Devil no meio arrebatou todos os que ainda não se tinham rendido. Impressionante como esta música 15 anos depois continua a soar melhor do que nunca ao vivo.

De lamentar apenas a atitude relaxada e mesmo, na minha opinião, demasiado passiva da maior parte do público - sim porque à quem veja só 1 hora e 45 minutos de concerto e passe o tempo com 2 cahorros numa mão e duas cervejas na outra, com saídas a meio do concerto para ir aos lavabos ou abastecer-se de mais comida.

Bem, 2º concerto, desta vez no topo do estadio - até vertigens tinhamos - foi com agrado que recebemos o Story of my life, uma das minhas favoritas do Have a Nice Day, e quem esteve nessa torné sabe o ritmo que dá ao concerto; I Love this Town, não deixando de ser um Who says you can't go home pt2, é muito divertida e permite alguma interação com o publico; Radio saved my life tonight que trás sempre a magia do que a música representa nas nossas vidas; e Complicated que não deixa ninguém sentado.

Reforço que nenhuma destas músicas tinha sido tocada na noite anterior e eram já de sí razão para dizer que este concerto superava o anterior, mas os verdadeiros momentos da noite ainda não tinham chegado. Isso aconteceu quandoo Jon diz que o King of Swing vai tocar uma música do seu primeiro album a solo e ninguém queria acreditar! Desde 2001 que não se ouvia o Richie cantar outra música que não o I'll be There for you, e depois da surpresa de ouvir o These Days pela sua voz, ouvir uma música mítica como o Stranger in thos Town não é menos do que surpreendente. E que dizer à interpretação desde Sr, com a sua voz à Soul e uns solos blues que nos possuem dos pés à cabeça.

E quando ainda aplaudiamos este momento não é que nos pregam mais uma surpresa, e que surpresa, o jon começa por dizer que a proxima musica do album bounce deveria ter sido incluida nos Sopranos e que tem muito que ver com as pessoas de New Jersey, e eis que o David dá as notas iniciais do Right side of Wrong. Sem palavras, pois o momento foi de magia. È daquelas composições em que o casamento entre melodia e poema descreve bem porque esta banda é tão amada e tem seguidores tão fieis. Genial é tudo o que posso dizer.

Não esquecendo as grandes prestações das músicas também tocadas na noite anterior - e volto a reiterar que o Lay your Hands tem de ficar no set list porque os concertos da banda são ainda mais Bon Jovi com esta música. Tenho ainda de aplaudir a ultima surpresa dessa noite: Bells of Freedom que em minha opinião ganha bastante em relação à versão de estúdio, pois ganha um emotividade e força que dão verdadeiro sentido à canção. E que dizer do magnifico solo de guitarra final? O violino coutry adionado tambem dá profundidade à parte final da música. Com o som do hino nacional: Wanted e do sempre ritmado Sleep when I'm dead despediram-se com muitos sorrisos, deixando uma plateia em estado de extase.

Não foi só o set list que mudou e que apresentou raridades, a própria atitude da banda teve mais brilho que na noite anterior. E aqui, por muito que me custe, o humor do Sr Jon Bon Jovi tem muita influencia já que a atitude da banda na abordagem ao concerto depende muito do estado de espirito dele. O homem quando está bem disposto consegue arrebatar todos os presentes e eu sei que isto é clichê e já foi dito 1001 vezes...mas ele consegue fazer-te sentir, mesmo que estejas lá em cima e que o vejas como um pontinho, que está a olhar e a cantar só para tí. E é impossivel olhar para os ecras, o carisma dele é algo que só observando-o em carne e osso se consegue perceber, é como se uma aura o envolvesse.

A noite não terminou com o concerto, já que que arrancámos imediatamente para sul....

Ao longo da estrada, era estranhamente familiar ver placas a dizer: "Atlantic City Expressway", "Woodbridge", "Perth Amboy", "Sayreville", "Red Bank", entre outras. São tudo sitios que qualquer fã já ouviu repetidas >vezes em biografias, e que identifica imediatamente com a banda. E agora lá estavamos nós, a percorrer uma auto-estrada perdida que nos localizava exactamente todos esses locais.

Mas foi só no dia seguinte, dia esplendoroso de sol diga-se de passagem, que podemos apreciar o que o "garden state" reserva aos seus visitantes. Uma verdejante paisagem, com casinhas muito bem arranjadas, cada uma com o seu jardim. Não existem casas com mais de 1 andar, casas à lá sozinho em casa, e ao atravessar a ponte que passa no rio podiamos ter a certeza: estávamos em Red bank. E a magia do sitio é inexplicável, quer por palavras, fotos ou filmagens. É a atmosfera, são os cheiros, são as perpectivas que temos de um local calmo e tranquilo que por certo qualquer pessoa gostaria para criar a sua família. A praia não muito longe, NYC a uma escassa hora de distância, e um ambiene provinciano de terra pequena e acolhedora. Parecia que estávamos na terra dos sonhos...

Continuando a nossa viagem fizemos as visitas da praxe aos casarões dos famosos habitantes de red bank. E realmente quem não gostaria de viver num ambiente tão tranquilo, sereno e mesmo isolado, visto que as estradas não têm passeio, nem estacionamentos, só sendo possivel parar o carro mesmo em frente aos portões das casas.

Em direcção ao litoral, chegámos a Long Branch, terra natal do Bruce Springsteen e com inúmeras menções em histórias dos Bon Jovi. A avenida, sempre com o oceano de um lado e pequenas habitações e estabelecimentos comerciais do outro, ilustravam um postal colorido. Chegando ao Element's, bar do irmão mais novo do Jon, foi altura de tirar algumas fotos. E um pouco atrás, a capela onde o Tico e a Eva deram o nó há já uns anitos atrás. Bem, parece que os locais históricos estão todos alí, à mão de semear, e quase que vamos tropeçando neles. Demos então um saltinho à praia e podemos olhar o mar furioso que se debatia contra algumas rochas... do outro lado daquela imensidão estavam as nossas casas. Consegui criar um elo de ligação entre
este nosso país pequenino e aqueles sitios míticos, pois apenas o oceano nos separa.

O dia já ia longo e ainda passámos no famoso Roadside diner, das fotos do Crossroad - pena naquele dia preciso ter fechado mais cedo - antes de chegar ao nosso destino: Atlanic city.

E que cidade esta. Quem tiver oportunidade vá lá dar uma espreitadela, mas vão à noite, pois esta mini Las Vegas esconde de dia toda a luz, encanto e explendor de um luxo exacerbado. São casinos atrás de casinos, lojas a perder de vista, enfim a cidade dos sonhos perdidos tal como a música do Boss que tem o nome da cidade descreve.

No dia seguinte podemos contemplar a excelência do famoso boardwalk que durante kms e kms segue ao longo da praia. Muitas lojas e casinos tem esta cidade, mas mais uma vez é o ambiente de luxúria que nos invade e que não é possivel de ser transmitido. Quantas vidas se ganham e perdem aqui....

Tivemos a felicidade de tomar uma refeição num bar muito pitoresco em que os empregados faziam uma coreografia muito engraçada sempre que o tema Stayin' Alive dos Bee Gees tocava. Bom e como cada mesa tinha uma jukebox em que podiamos por 0.25$ e escolher um tema, vai de pedir muitas vezes. Ainda vimos 2 vezes a coreografia, e até uma senhora já de idade se juntou à festa. Simplesmente fenomenal daqueles momentos corriqueiros que descrevem a cultura e costumes de um povo.

E na manha seguinte lá partimos em direcção a norte onde nos esperava mais um concerto.

Não sem antes fazermos algumas paragens obrigatórias é claro. Seaside Heights, boardwalk onde foi filmado o video do In and Out of Love foi a primeira. E podemos observar um local que é uma feira autêntica ao pé do mar. Pena foi que estavamos no inverno e que por isso não só estava tudo fechado, como não avistamos viva alma. Sem contar com o frio e o vento que se faziam sentir com muita intensidade. Sem dúvida a repetir mas no verão, quando tenho a certeza que muitos dos habitantes do estado invadem este local.

Andando um pouco mais a norte, visitamos Asbury Park, uma zona mais pobre e não tão arranjada como Red Bank. Alguns edifícios mais altos faziam acreditar que algumas fábricas teram fechado e que a cidade já teve melhores dias. No entanto as casinhas todas afastadas umas das outras continuavam a dominar a paisagem. O boardwalk que segue junto ao oceano e à praia é talvez o melhor que esta zona tem para oferecer. E logo do outro lado do boardwalk, um sitio mítico: o Stone Pony. Estava fechado à hora em que passamos mas é mágico pensar que foi aquele um dos bares em que o Jon e companhia actuaram enquanto adolescentes. Tantas histórias teriam por contar aquelas paredes se podessem falar... E um pouco à frente o já abandonado e extremamente degradado "Fast Lane". A placa continua lá a identificar o local, mas a sua existência é agora uma recordação do passado.

E foi assim que chegamos de novo a Newark, apesar de alguns sitios terem ficado por visitar, são para mim apenas o estímulo a voltar a estas paragens para poder vê-los.

Falando só um pouco de Newark, não é muito representativa do estado a que pertence, apesar de ter uma comunidade de Portugueses significativa. No horizonte avista-se Manhatan e o cenário é digno de um postal, mas tudo o resto fica a desejar. A cidade é de indústrias e encontra-se degradada. E o Prudential Center, mesmo no centro da cidade, ao pé da estação de comboios, é o único vestígio de magnificência.

Mas mais um concerto, mais magia nos esperava...
Pena o local que tinhamos, pois mais uma vez ficamos no topo do recinto, no entanto seria esta a última vez. O concerto mais uma vez teve início com o Kurt Johnston a cantar e o Bobby Bandiera e a Lorenza Ponce a acompanhar nos seus intrumentos uma cover, enquanto que um a um, os elementos da banda entravam com a ovação merecida. E quando só faltava o lead singer, a música começa a adquirir mais côr e ritmo já que o Richie, David, Tico e Hugh ajudam a elaborar uma explosão que se converte no tema que dá título ao último trabalho da banda. Aos temas da praxe juntou-se tal como na noite de dia 3, o Just Older que é sempre bom de se ouvir já que transparece a relação forte existente entre o vocalista e o guitarrista.

O last night foi a primeira surpresa e apesar de não ser imensamente bem recebida pelo público é um mid-tempo que mantém os animos. E para quem aprecia a música é sempre um momento especial. Pessoalmente é daquelas que a letra tem muito significado.

O Whole lot a leaving é uma faixa que vai aparecer em todos os concertos, pois o Jon gosta muito de a usar para saudar o público com a primeiras palavras em discurso directo da noite. O Runaway continua com uma introdução à la 2006, com a time machine e o Jon a parar em 1982. Ele próprio se encarrega do solo final da música, sempre com grande profissionalismo. E logo a seguir, tempo de Summertime. Eu não me farto de repetir que esta é daquelas que é uma bomba ao vivo. Impossivel ficar sentado com tanto ritmo, tanta alegria, tanto som Bon Jovi. Idem idem para o obrigatório "We gotta goin on". Indescritivel!!!

Com o Medicine e o Shout até os Americanos se levantam - e já não era sem tempo. Quem não conhece este hit e com aqueles coros he eh eh eh (he he eh eh) do Shout já tradicionais no meio da música. E desta vez eles tocaram exactamente a música na sua melhor forma: medicine, one more time, medicine, shout e back to medicine. Parece que nunca acaba. Que energia!!!

O Richie voltou a interpretar uma das minhas músicas favoritas, These Days. Altura para os Americanos se sentarem ou irem reabastecer de comida, mas para os verdadeiros fans aplaudirem de pé as palavras de agradecimento do guitarrista. Ele explicou que com os anos as músicas vão ganhando novos significados, e que esta era um bom exemplo, pois depois de momenos bem difíceis, tudo o que tinhamos naquela noite eramos nós, esperança e sonhos... e foi a nós que ele dedicou uma estupenda interpretação do clássico These Days. E se a interpretação é ao nível dos que o King of Swing já nos habituou, que dizer ao dueto guitarra violino que acontece na parte do solo? Simplesmente genial. Posso dizer que eles conseguiram não alerando muito a música, adicionar-lhe novos elementos de forma a torna-la fresca e nova. Impressionante!

Pouco depois tocaram o Last man Standing, um clássico que para mim não fica a dever nada ao Wanted quer a nível de letra, quer a nível de música e, logo a seguir a batida da introdução mais longa da história do Rock and Roll teve início. Estava na altura de rezar e aquela que foi a melhor come back da torné até então provou mais uma vez porque tem que estar todas as noites no set list. A letra pode não ter sentido, mas aquele riff, aquele solo, aquela batida, é característico de mais para não ser tocado. Amen ao Lay your hands on me.

Para finalizar o main set ouviram-se o Have a Nice Day, Who says you can't go home e o Prayer. Esta última leva toda gente à histeria, mesmo o mais calmo e típico dos americanos. Durante aqueles 7 minutos sente-se porque os Bon Jovi são uma força da natureza, que estão vivos, e bem vivos, e recomendam-se em 2007.

A iniciar o encore, a segunda supresa da noite, tal como a primeira, retirada do disco Lost Highway, ouvimos Any other Day, uma música que vai crecendo à medida que os minutos vão passando, tal como a letra vai adquirindo mais e mais força. No fim é o solo majestoso do Richie que coroa a música que não termina sem antes o Jon poder apresentar o Bobby, o Kurt, a Lorenza, o David e o Richie, todos eles com direito a uma ou duas voltas da música com um solo à sua conta. Muito bem aproveitada esta música para este efeito.

O Wanted dead or alive foi a penultima música a soar, logo seguida de uma boa interpretação de uma das músicas que os hard core fans mais apreciam Someday I'll be Sat Night. E depois de 3 dias a visitar os sitios que os viram nascer para a música, nos quais eles creceram e se formaram enquanto músicos e seres humanos, é esta a música que mais se relaciona com os dias em que os elementos da banda, sozinhos ou em grupo, viviam a lutar naqueles sitios. Dias em que se vive do sonho, em que tudo corre mal e parece que não temos futuro. Mas que tal como o Jon muito bem diz após o solo da música, os sonhadores gritam "I'm alive", e perante os nãos da vida se recusam a perder as esperanças e recomeçam... porque nem todas as histórias têm um final feliz, eles dão-nos o exemplo de luta e de coragem de uma história que até
então teve 25 anos, mas que não se cansa de nos dar lições de vida e de como persistir em ver o lado positivo da vida e acreditar nos sonhos. Porque apesar da semana complicada, 5 dias a penar, há sempre um Saturday Night que vai chegar e em que vamos poder gritar "I'm Alive"!

Talvez não tenha sido o mais espetacular concerto da banda, para mim então num local, 2º balcão, que não me vai trazer muitas saudades. Mas foi o culminar da segunda fase de uma viagem inesquécivel e que de uma forma perfeita fechava a maratona de 3 dias que nas linhas acima descrevi.

Era dia 8 de Novembro. E mais uma vez tomámos o comboio em direcção a Manahatan. Um comboio que me fazia pensar naqueles anos em que o Jon trabalhava em NYC e todos os dias fazia esta viagem. Ali era possivel cheirar as pessoas, e apercebermo-nos da rotina do dia-a-dia. Um comboio que não é assim tão diferente daqueles regionais da CP cá em Portugal. Um comboio em que podemos até tomar contacto com uma personagem que nos fez lembrar o "Joey Keys"...

E depois daquela azáfama e daquele stress, saíamos no coração do mundo ocidental: Madison Square Garden, com o Empire State Building mesmo à nossa frente. Depois todas as ruas iam dar ao centro do universo: Times Square. É indescritivel aquele ambiente. Nenhuma foto ou filmagem por mais precisa que seja consegue transmitir o ambiente , o staus e o glamour que se sente naquele local. È mesmo como se todas as culturas do mundo conseguissem caber num único bairro.

Os restantes dias foram passados a aproveitar ao máximo esta cidade, em paragens obrigatórias como no topo do Empire State Building ou na Estátua da Liberdade. Mas mais do que tudo são as ruas, a atmosfera, o ambiente que nos invadem....

E ao fim da tarde era voltar para Newark e assistir a grandes concertos. Começando por dia 9, em que pela primeira vez tivemos lugares ao nível do chão, apesar de afastados do palco. Os All American Rejects souberam aquecer, provando que são uma excelente banda de abertura. Mas estavamos todos alí para celebrar outras músicas. E ao som de Lost Highway, pela 4ª vez, vimos a banda entrar em palco com uma energia soberba. Summertime, uma das minha favoritas ao vivo, substituiu a eterna 2ª música ao vivo "Bad Name". E logo depois era desvendada a grande surpresa da noite: a banda iria tocar todo o album Lost Highway. Para além disso era a boa disposição que reinava e o Jon não perdia uma oportunidade para comentar o significado de cada música.

Às habituais músicas que já tinham sido tocadas juntaram-se o Everybody's broken, one step closer, strangers e seat next to you. Qualquer uma delas é muito pessoal e consegue-se sentir a emoção dos performers. No one step closer arrepiava ver o Jon a abraçar-se de olhos fechados a cantar como se estivesse num pequeno bar a sussurar aos nossos ouvidos. Quanto ao Seat next to you foi memorável observar como ele a dedicou a uma fan que estava na front row e que conseguiu que todos observassemos a forma carinhosa como a olhava e lhe oferecia a interpretação. O Everybody's broken mostrou a cumplicidade entre Jon e Richie em que ambos expunham feridas recentes. O
Strangers apesar de apenas interpretado pelo Jon teve uma belissima reacção. Apesar de não ser tão forte como no album e de não ter a potência de um Always ou Bed of Roses, é capaz de ser a melhor balada pós 2000.

E depois de ouvirmos o album de uma ponta à outra o que podiamos ouvir? Os hits é claro... E foi um desfilar de êxitos o que se seguiu. É incrivel como esta banda marcou a música dos últimos 25 anos. Cada música transcende a marca temporal de quando foi gravada. São marcos na vida de tanta gente. Para o encore ficou o que para mim foi o momento da noite, melhor mesmo do que a interpretação de todo o último album: a versão original do I'll be There for you, cantada pelo Jon. Desde 2001 que não era tocada desta forma, já que o Richie tinha agarrado a música e tornado-a dele com interpretações que foram crescendo nas torné de 2003 e 2005/2006. Mas o que dizer a este clássico. A esta baladona. É um momento único e que para sempre irei recordar como dos melhores em concerto, pois à emoção do Jon a cantar juntou-se a alma de um Richie que solou como nunca e que transformou esta na melhor interpretação da música que já ouvi. Bravo!

Esta provavelmente foi a noite mais especial para os fans já que as músicas raras e a atitude da banda esteve incólume.

Mas não era a última noite e no dia seguinte lá estavamos para o mais esgotado dos 10 concertos, o último daquela série em New Jersey.

E as surpresas começaram logo no início, ao ver o scetch do Saturday Night Live em que o Jon com cabelo comprido consola uma jovem adolescente em 1986. Ilariante especialemte quando se vê antes de um concerto da banda. E quando termina é ver a banda toda em palco no caos que precede o "You give Love a Bad Name". Foi o melhor início de concerto sem dúvida, a eterna 2ª música foi desta vez tocada em primeiro lugar e com que garra foi tocada. Mais do que as músicas tocadas foi o clima de festa e de celebração que envolveu tudo e todos. A banda estava em casa e dar a todos, fans ocasionais ou hardcores, o melhor concerto de sempre.

Para mim o momento especial foi quando o Jon foi mesmo alí para uns escassos metros para interpretar o Make a Memory, tal como costumava em 2005 e2006 nos concertos indoors fazer com o blaze of glory. Foi o pedacinho de contacto mais intimo que tivemos e que nos abriu o apetite para o concertos Europeus de 2008. Com o Bed of Roses o Jon deu-se ao público, sem qualquer medo e saudou todos os que estavam mais perto numa caminhada desde o sitio onde interpretou o memory até ao palco.

O concerto prosseguiu em clima de festa e em celebração terminou ao som de uma nova interpretação de uma música que já não ouviamos desde 2003: Twist and Shout o memorável final dos concertos de 2001. E o que dizer do sempre electrizante Treat her Right que não deixou niguem sentado? Foi assim que o Jon desceu do palco e saiu pela parte de traz do recinto, despedindo-se do seu estado natal com clássicos festivos.

Foi assim uma viagem que serviu para concretizar um sonho e reafirmar a força que esta banda tem em alimentar esses sonhos. Mas mais sonhos ficaram agora por concretizar pois quanto mais se tem, mais noção se tem do que falta ter....E sem dúvida que esta foi uma página de ouro no livro de experiências Bon Jovi para todos os que a vivemos.

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