15 março 2009

10 dias no Reino Unido em 2008

Aqui ficam algumas experiências do que foram 10 dias em terras de Sua Majestade entre 1 e 11 de Junho de 2008.

Depois de 4 dias de trabalho em que consegui recuperar 10% das energias perdidas foi em Glasgow entre os Escoceses de pronuncia vincada que voltei ao meu caminho na lost highway tour. No entanto S. Pedro pregou-nos uma valente partida e fez com que durante cerca de 6 horas chovesse ineterruptamente, 3 horas antes e durante o concerto, tornando este o mais difícil concerto de suportar devido às condições climatéricas adversas. Mas o facto de todos nos sentirmos encharcados até aos ossos não retirou mérito a um concerto que fosse outra banda qualquer provavelmente teria sido despachado em hora e meia. Apesar das lágrimas dos anjos que não conseguiram bilhete para o evento - como o jon tão bem gosta de referir nestas situações - testemunhámos mais uma vez o profissionalismo e dedicação dos de New Jersey. Desde o início com "Rockin' All over the World", que tão bem dá o pontapé de saída para mais duas horas e meia de festa. "Twist and Shout" na jukebox do "Sleep" encaixou que nem uma luva e permitiu ver um estádio cheio à chuva em que todos tinham as mãos no ar. O "Always" continuou a melhorar de concerto para concerto, provando mais do que nunca que quanto mais tocarem a música mais intenso se torna um solo de guitarra sublime que se supera a cada noite, ou uma voz límpida e imaculada que só acompanhada pelo piano repete um refrão que um coro de milhares repete. Se a chuva não abrandou, também devemos ao Jon já que ele decidiu incluir o épico "Dry County" que tal como no caso do "Always" melhorou bastante desde a sua frouxa estreia em Bruxelas. Quando nos apercebemos que o "Medicine" ficava para o encore pensámos que iríamos ter um encore curto e sem surpresas, mas que dizer de um "Hallelujah" que foi sem dúvida um dos pontos altos dos concertos da Lost Highway tour e que arrepia a cada nota, a cada palavra e que prova a excelente condição vocal que o Jon apresenta actualmente.

Sem tempo para descansar foi uma noite chuvosa e de viagem que nos levou a Manchester para assistir a mais um concerto com tempo de Inverno. Se a chuva abrandou, o vento e o frio fizeram-se sentir com mais intensidade e foi necessário uma banda "on fire" para fazer esquecer as condições metereológicas. E se em Glasgow retomei o caminho, em Manchester fiquei sem qualquer dúvida porque persigo este sonho, já que memórias são o que não faltam numa noite em que tivemos surpresas atrás de surpresas. Logo a abrir a música que para mim é somente a melhor introdução a um concerto com o fade-in a marcar o ritmo, os corações que batem cada vez mais depressa e as vozes que vão esculpindo um coro que tem o êxtase depois de 4 batidas de bateria: "Livin on a Prayer", o maior êxito da carreira da banda é perfeito para marcar o ritmo das horas seguintes. E se um "I Die for you" conquista todos os die hards, que dizer da única interpretação europeia do tema mais Beach Boys da banda: "Last Cigarette" provou ter energia e humor para deixar todos no ponto de querer mais. Mais uma vez tivemos que manter o ritmo e dançar até cair com um "Twist & Shout "na Jukebox e que consegue em 2 minutos meter 60 mil pessoas de braços no ar e aos pulos...Antes de mais uma crescente interpretação do "Always" podemos pela segunda vez ouvir a balada acústica "Diamond Ring", a qual foi apresentada como metáfora do processo de composição da banda e de como esta gosta de tornar tão íntimo como um bar locais tão gigantescos. "Blood on Blood", outro momento mágico que os fans tanto apreciam, fez também parte da celebração. E tal como em Glasgow a banda ofereceu-nos um "Dry County" que atingiu uma perfeição acima da realizada na noite anterior. O main set terminou ao som de um "Bad "One more time" Medicine" e foi ao som do encore mais Lost Highway que a banda se despediu pela segunda vez. E que encore, tão somente 3 das melhores faixas do último album: "We gotta goin on": um hino à participação do público; "Any other Day": épico que ficará por certo entre as favoritas dos fans; e "I Love this Town" que resulta extraordinariamente ao vivo. De facto esta foi a única vez nesta torne que a banda realizou 2 encores propositados, já que todas as vezes que o fizeram, o segundo foi arrancado a ferros com a banda a não sair de cena. E se o primeiro encore primou pelas músicas mais recentes, o segunto foi uma ode aos cássicos com a esperança de um "Sat. Night" e o sempre clássico "Wanted" a encerrar um dos melhores concertos da torne. Um dos pouco que apresentou casa cheia e que demonstrou porque a banda tem um carinho especial pela cidade.

O mau tempo acompanhou-nos para Conventry onde se assistiu a um concerto morno em que claramente a banda começava a ganhar balanço para o duplo combo de Londres. Ainda assim pude assistir pela primeira vez ao hit dos Beatles "Back in the USSR", que resulta na perfeição ainda para mais com o público Inglês. Sem esquecer é claro de um brilhante encore, iniciádo com a balada da torné - "Always" original - e em que pudemos ouvir pela última vez a minha favorita "These Days" numa interpretação que apesar de profissional não conseguiu-se aproximar da excelência que teve em Dublin. Mas apesar destes momentos este concerto fica marcado sim pela espontaneadade. Se poderem vão a http://www.bonjovitours.com/LostHighway/videos.asp e vejam o momento em que o entertainer Jon Bon Jovi revela o seu lado mais paternal e começa um diálogo com um pequeno rapaz de 8 anos que completamente indiferente à grandeza do momento responde às perguntas do cantor com uma inocência e desplicência próprias da idade. São estes pequenos momentos que marcam os concertos e que distinguem bandas profissionais dos que não tem medo de arriscar e que conseguem arrancar momentos únicos como este. Estonteante a forma como este miúdo passa de figurante a personagem principal de um concerto e em que os músicos não têm problemas em partilhar com ele o seu palco.Sem dúvida uma das memórias fortes desta torné.

Apenas um dia depois foi à beira do País de Gales, num estádio minúsculo e em que cabiam poucas mais de 20 mil pessoas, que assistimos ao ensaio geral do fim de torné. Bristol trouxe finalmente o bom tempo à torné Britanica dos Bon Jovi e o facto foi assinalado com a interpretação de uma das minhas favoritas: "Summertime", a primeira surpresa. Se no "Sleep" não houve tempo para qualquer medley, pudemos ouvir pela única vez na torné Europeia a versão acústica da música de Dylan mais interpretada por outros artistas: "Knockin' on Heaven's door" foi uma introdução competente para mais uma brilhante demonstração da boa forma em que a voz do Jon se encontra: Blaze of Glory com direito a gritos finais. Mas a surpresa do fim de tarde veio quando o vocalista apontou para vários baners (incluindo o meu) que partilhavam o mesmo desejo: "Lie to me", mais um desejo concedido e mais uma vez do meu álbum de eleição. E que interpretação.... É impossível explicar como algém que não interpreta uma música há 12 anos consegue fintar as dificuldades das notas agudas e deixar a todos boqueabertos com a perfeição de uma performence brilhante de uma balada íntima e que nunca pensei poder assistir ao vivo... Sem qualquer reparo é o que posso dizer de um "Lie to me" sentido e dramático tal como ouvimos na obra prima que dá pelo nome de "These Days". Estranhamente e a partir desse momento o concerto começou a acelerar de ritmo e foi à pressa que terminou com o encore mais recheado de êxitos: "Wanted" e "Prayer" anteciparam um final em que estava previsto um "Sat. Night" que foi retirado do set list. Abrupto este fim, mas não podiamo-nos queixar, pois assistimos a 1 momento histórico e único que não se vivia desde 1996 e que dificilmente se voltará a repetir.

E finalmente o local que serve de ponto de encontro para todos os fans que viajam de todos os cantos da Europa (e alguns mesmo de outros continentes) para se juntarem ao encerramento da torné Europeia. London, cidade que tal como New York, não pode ficar limitada ao país a que pertence, mas que se assume sim como cidade do mundo, na qual congregam pessoas vindas dos quatro cantos do planeta e que a tornam um local em que a mistura de raças predomina. Foi num estádio enorme que acolhe normalmente musculadas partidas de Rugby, a alguns Kms (ou milhas) fora do centro da cidade que se contruiu o último palco Bon Joviano da Lost Highway Tour no velho continente.

E se eram grandes as espectativas o primeiro concerto não conseguiu por certo encher as medidas dos fans que tinham sido habitudos a actuações brilhantes recheadas de surpresas. Não se pode dizer que a primeira noite foi má, longe disso. Podémos ouvir a melhor interpretação de "Dry County", ou do intimista "Diamond Ring", sem contar com o brilhante início de "Livin on a Prayer". Mas estes três momentos já tinham sido vividos em Manchester e já não constituiam surpresa. Até o angelical "Hallelujah", provavelmente também na sua melhor rendição da torné, não chegou para saciar tão àvidos fans que se deslocaram a Twickenham para este desfecho.

E foi com muita polémica e com promessas de muitos banners para o dia seguinte que os die hards passaram a noite a acampar para o que seria a última actuação da Lost Highway tour na Europa.

E para descrever o epílogo da torné, começo pelo local onde fiquei: 2ª fila entre o Jon e o Richie. Exactamente o mesmo local que 5 anos antes vivi a minha primeira noite de Bon Jovi em Londres, mais precisamente em Hyde Park. Pouco depois de uns The Feeling extremamente competentes e que animaram a torné Britânica tomei a decisão de guardar a máquina para este concerto. Não poderia deixar que a objectiva roubasse a minha atenção de um momento que marcaria o fim da minha aventura. E assim foi, absorvi a 100% das vibrações de uma banda que se entregou durante uma longa torné aos seus fans mais fiéis. Mais do que nunca tocaram as músicas mais pedidas e proporcionaram momentos históricos que serão lembrados durante muitos anos.

E tudo começou pela última vez ao som de um "Rockin all over the World" que me fazia lembrar todos os lugares que tinha visitado, seguido do tema título do último disco e que descreve o caminho percorrido durante 37 dias e 18 concertos em que pude viver o sonho ao vivo e a cores de partilhar a estrada com os meus heróis. Durante o qual cresci como fan e como Ser Humano e que espero colher frutos. "Born to be my Baby" não é das minhas favoritas, mas sem dúvida marca a torné por ter tido lugar em todos os concertos, e não há "Na Na Na Na's" que cheguem para dizer a euforia que provoca. Em 4º lugar foi tocada a música da qual tirei o meu nickname e a qual foi durante estes concertos antecedida de um "Take me to the sea"... Sim este foi verdadeiramente o 1º momento de loucura colectiva pois não há outro refrão que seja melhor ecoado por multidões: "You give Love a Bad Name". E se o calor se fazia sentir a banda foi na onda e deu-nos um "Summertime" com um "We will Rock you" a abrir. Aqui começavam a notar-se as primeiras diferenças entre o concerto "morno" da véspera e a festa da despedida que aconteceu neste último concerto. Seguiu-se a minha cruz: "Capt. Crash", com muitos confetis de fans à mistura. A música que a banda insiste em tocar na Europa pela sua coreografia alegre e fácil. Não conseguiu estragar o momento pois até mesmo as menos favoritas fazem parte da experiência.

Logo em seguida veio o já tradicional "Tico give me the beat" que dá inicio ao que foi uma das melhores versões do "Sleep". A música vinha perdendo força desde 2000, mas este ano ganhou novo fôlego com clichês que remontam aos anos 90: muitos "Ohhhh Yeahhhhssss", um Richie e Jon a partilharem o microfone principal antes do início do riff principal: 1, 2, 1,2, 1,2,3,4.... e claro as inumeras covers que a Jukebox nos trouxe. Em cada concerto era dificil prever o que seria tocado e isso torna a música ainda mais apetecivel. Desta vez podemos ouvir a cover que marca esta leg da torné: "Mercy", aquela que todos testemunhámos no Rock in Rio e que o Jon tão bem interpreta e dramatiza. Com muitos e bons "Yeah yeah yeah's" para recordar sempre. Seguida depois do clássico mais associado à jukebox de sempre: "Jumpin' Jack Flash", num meddley que vem desde 1993. E a festa continuou com as poses do costume e solos partilhados.

Foi então que, para os ânimos acalmarem, se ouviu a história de Patty Garet e Billy the Kid na letra de um "Blood Money" que cola na perfeição ao início do que foi também um dos momentos desta torné: "Blaze of Glory". Depois de vários anos a tocarem uma versão acústica e a saltarem o tema, presentearam-nos com versões sublimes com gritos que jamais pensávamos voltar a ouvir depois de 95 e guitarradas de tirar o chapéu. Sim este é um tema a solo, mas é também o Richie que brilha num extraordinário solo de guitarra que não deixa ningém indiferente.

Para voltar a aquecer o público foi tocado o "Any other Day" que assumiu definitivamente o papel de relevo que merecia. Sem dúvida uma das melhores composições de sempre da banda que merecia ter sido single, pois não só comove a todos com uma letra que facilmente nos relacionamos, como transborda de uma sonoridade Bon Joviana e que vai crescendo e acelerando, tal como a batida da bateria, desde o início até à apoteótica explosão de solos que serve de pretexto para apresentar alguns dos músicos. Sem dúvida outro grande momento da torné. "In These Arms" segue-se, e tal como "Capt. Crash" é assumida como uma favorita da banda para os estádios. No entanto desta vez têm o meu apoio quando seleccionam este tema que encaixa que nem uma luva no ambiente que se assemelha tanto ao famoso video lançado em 93. Outro grande momento que felizmente aconteceu na quase totalidade dos concertos que assisti.

"We gotta goin on" e "It's my Life" são os pretextos perfeitos para a participação do público e se estas músicas tiveram o seu expoente máximo em Portugal, os Ingleses conseguiram manter o nível de da festa. "Keep the Faith" e "Have a Nice Day" são dois momentos chave do concerto a nível audio visual, com muita participação do público e solos fortes de guitarra. Entre as duas músicas ouviu-se um Sr Sambora que nunca se cansou de dedicar a todos os presentes a já sua versão da power ballad dos anos 80: "I'll be there for you". Sem dúvida não seria com o "These Days" ou com o "Stranger" que num estádio o King of Swing se conseguiria impor. Com esta já sua versão apresenta-se com naturalidade e com ela conquista facilmente os presentes, quer com os "Oh ohh ohhhhh's" que pede, quer com o never ending guitar solo que magistralmente apresenta.

E quando todos pensavamos ouvir um "Who Says" (até mesmo o técnico que já vinha com uma guitarra acústica para o Jon), o front man anuncia que durante esta torné fizeram questão de tocar muitos pedidos e que iriam tocar o que seria a última grande estreia na Europa. Só às primeiras notas reconheci, pois depois de ter pedido esta música nas primeiras datas da tour, e de ter recebido um não com a cabeça, nunca poderia imaginar ouvir no maior palco de todos uma das músicas com maior significado para mim: "I Believe". E que melhor maneira de terminar uma aventura do que com uma letra tão optimista e cheia de esperança, no meio de riffs tão pesados e que caracterizam tão bem os anos 90 da banda. Foi uma GRANDE interpretação sem mácula, quer instrumental, quer vocal. Não sei o que o Jon anda a tomar para a garganta, mas sei que desde 96 que não soava tão bem. E este tema bem merece, pois são 5 minutos em que a adrenalina percorre todo o corpo e podemos ouvir o solo principal do Richie, o cantar em côro com lead singer e lead guitar a partilharem o microfone, ouvir o Jon a sentir as notas do solo final e claro sentir a magia de um tema intemporal que resume tão bem porque somos fans destes Srs de New Jersey: "Don't look up to your movie screens/No record stores or magazines/Close your eyes and you'll see/ YOU ARE ALL YOU REALLY NEED / IIIIIIIII BELIEVE".

Tal como em Hull em 2005 a frase "It Doesn't matter where you are, it doesn't matter where you go .... Take it in, Take it with you when you go" ganhou um significado muito especial, pois tinha que reunir tudo de bom que tinha recebido e levar para casa, para poder distribuir por todos a alegria que senti e que sinto sempre que me recordo desta viagem.

"Bad Medicine" foi outra das músicas que a par do "Sleep" vinha perdendo força. Na última tour teve uma melhoria substâncial com o "Gloria" e com a incerteza do "Shout". Mas nesta torné com tantos breaks do Sr Hitman e com um Jon a puxar mais do que nunca pelos presentes fizeram dos 10 minutos que a música dura, momentos de festa.
E no fim do main set, então o maior êxito. Todos de pé, ningém podia resistir e era ouvir a uma só voz: "Ohhhh We're half way there......".

O encore iniciou-se ao som do que foi a melhor interpretação a balada da torné. Como disse a música foi crescendo,e não minto se disser que os 5 minutos e pouco de Gelsenkirchen deram lugar a quase 8 minutos de pura magia. Solos intermináveis. Um Jon que bate palmas ao King of Swing e se entrega ao refrão e o diz com uns agudos que (tornando-me repetitivo) jamais sonharia ouvir ao vivo. Definitivamente outra das músicas que marcou a torné e que já fazia falta depois de anos e anos de ausência. "Always".

"Wanted" seguiu-se e como sempre é o momento mais cool da noite. Tal como outras músicas sentia que tinha vivido a letra nesta aventura em que não temos casa, mas sim um lar junto daquele palco, quando as luzes se apagam a música de abertura se começa a ouvir e sabemos que independentemente do resto do mundo, vamos testemunhar mais um momento irrepetivel e em que a banda vai provar porque tem a base de fans mais sólida da indústria.

"Sat. Night" seguiu-se, numa versão competente como a de Lisboa mas sem a alma de Amesterdão. E foi com ela que os 7 músicos se despederiam, como já o tinham feito 91 vezes antes durante os últimos oito meses, e 3 deles foram para o lado de forma a deixar os 4 irmãos fundadores em comunhão com um público rendido que exigia mais. Voltaram-se então uns para os outros para decidirem o que tocar, e foi em ambiente de festa que resolveram fechar a torné Europeia: "I Love this Town" com imagens de todas as cidades por onde passaram nos ecrans - com destaque para Londres no fim. Talvez tenha sido mesmo a forma perfeita de dizer goodbye a tantos Kms de sonho numa já tão longa lost highway. Para finalizar houve ainda tempo para um sempre festivo "Twist and Shout" que serviu apenas para espalhar a alegria por todo o público. Não houve tempo para dramatismos, nem tristezas.

Fechou-se assim para mim um ciclo que se iniciou precisamente em Londres um ano e quatro dias antes no local mais remoto e distante do palco que jamais tive; que me levou pela primeira vez aos States e à terra dos sonhos: New jersey; e me trouxe de volta a uma Europa em que pude cheirar a banda de perto. Eles prometeram voltar enquanto fossem desejados e espalharam mais uma vez a mensagem pela qual são conhecidos: optimismo e força para lutar pelos sonhos, afinal é disso que todos precisamos mais cedo ou mais tarde em certos momentos das nossas vidas.....

12 março 2009

Amesterdão & Bruxelas 2008
Um Fim-de-semana prolongado na Lost Highway Tour

Partilho neste post algumas das memórias de um fim-de-semana de 2008 de muito Rock'n'Roll que vivi entre 12 e 15 de Junho, durante a torné de apresentação do álbum "Lost Highway" em terras Europeias.

E tudo se resumiu a dois momentos: um concerto de hora marcada para início e fim e outro em que regressariam a um país que os não via desde 2003.

Tudo previa que teriamos um aquecimento em Amesterdão e que a acção se iria desenrolar em Bruxelas.
Mas a banda prega-nos algumas partidas e o público também.

À partida à que salientar que ambos os concertos estavam a meia casa, o que não é exactamente um bom sinal.

Mas vamos ao que interessa:

Depois de uma emocionante partida em que os Holandeses derrotaram a França por 4-1, a banda imediatamente tomou o palco e os golos da selecção anfitriã substituiram alguns dos videos que normalmemnte marcam o início do concerto (situação engraçada que supreendeu os póprios músicos que olhavam estupefactos para os ecrans). O público estava ao rubro e quando se viu um JBJ com a camisola nr 1 da Holanda e o nome "Jon" nas costas, foi a loucura. O inicio surpreendeu com "Rockin'all over the World", proporcionando um excelente começo de festa. Logo que o tema terminou o Jon tirou a camisa e começou então o set que já nos habituámos.

A primeira surpresa surgiu no meddley do Sleep quando o Hugh começou o riff de baixo de um clássico que os BJ já não tocavam há bastante tempo: "Gimme some loving" demonstrou a energia que a banda estava a sentir. E de uma comunhão tão grande entre fans e banda surgiu o segundo momento da noite: o Dave a cantar os primeiros versos de um "In These Arms" a que todos nos habituámos.

O público puxava pela banda e a banda não se deixava intimidar e respondia desta vez com o Jon a segredar ao Richie algo que poucos segundos mais tarde ficariamos todos a saber que era a resposta ao banner que idealizei e que com uma mestria de profissional a Andreia realizou. Sim depois de mostrar durante algum tempo o banner em que se podia ler "Diamond Ring (desenho de um anel)", este surtiu o seu efeito. O próprio Jon introduziu a música dizendo que se era a primeira vez que estavam num concerto da banda deveriam aprender que eles realmente respondem a pedidos do público e o que se iria passar em seguida foi rodeado de um piscar de olho para a zona onde estávamos. E que versão... tocaram a música completa e com um sentimento que a gravação do youtube, que por certo já viram, não consegue transmitir. E que tal um Always logo de seguida? Não podia ser mais perfeito a música pedida tocada por completo e como introdução à power ballad que melhor define a geração de 90 que acompanha a banda. Sublime interpretação com o solo final a coroar mais um momento da noite.

Bons momentos continuaram com a festa dos Holandeses e os festivos "Capt Crash" e "Just Older". Mas eis que chega então mais um momento que define o concerto: !Saturday Night!. Até agora apesar das boas prestações não tinhamos tido a oportunidade de testemunhar o poder do Jon de adicionar letras a uma música. Desta vez fomos presenciados com essa benção e que poder teve esta música que deixou todos boqueabertos. Foram momentos inesqueciveis aqueles em que ouvimos um JBJ a gritar "I'm alive" e a provar porque esta banda está viva, recomenda-se e faz sonhar tanta gente. E se festa queriam os presentes, foi o que tiveram com "We gotta Goin on" e "It's my Life", um combo que arrasa os mais cepticos.

Em seguida, mais um momento da noite: "Keep the Faith". A música que é tocada repetidamente na Europa teve uma paixão que nos provam a cada grito porque continuamos a seguir a banda. Houve espaço para o "Sympathy for the Devil" e para Jungle screams, mas quer os add libs como os solos foram interpretados com tanta espontaneadade e emoção que pensámos todos que estavamos perante Deuses que nos abençoam com a sua presença. Extraordinário.

Depois de tanta energia foi tempo de recuperar as forças com a balada que o Richie já nos habituou e com a magnifica interpretação da música principal do filme Young Guns II.

"Blood on Blood" não tendo lugar no pódio da noite é sempre muito acarinhada pelos fans e é sempre um momento de comunhão entre a banda e os die-hards.

O fim do main set anunciava-se com as já tradicionais HAND(com os belíssimos efeitos visuais nos ecrans gigantes), "Who Says you can't go home" com os cachecois de Portugal em grande destaque nos ecrans gigantes (dado que estávamos mesmo em frente à câmara que filma o público) e o épico "Livin on a Prayer". E aqui ficou provado que estes fans só têm rival mesmo no fantástico público Português, pois apesar do estádio se encontrar a meia casa, foi a loucura. Não sei as raízes que partilham o povo luso e holandês, mas sei da enorme semelhança a nível do entusiasmo e entrega em concertos.

Para o encore todos esperávamos um "Wanted" e um "Medicine" já que a hora do curfew aproximava-se vertiginosamente, mas se acertamos na primeira (que concluiu um concerto que não podia ser extendido e que só por isso não teve mais encores), a segunda ficou pela primeira vez de fora de um concerto da banda desde que foi gravada em 1988.

Falta assim referir o que para todos os die-hards constituiu o momento da noite e por certo um momento histórico e que será para sempre lembrado como um dos momentos mais altos da carreira da banda. É um momento que define o que é uma banda a sério, que repeita os fans e deixa tudo o que tem para dar em palco. Com os fans da primeira fila a segurarem a letra, foi ver um Jon a dizer: "I'll try.." e a trocar palavras com o Richie do que seriam possivelmente os acordes de uma música interpretada pala banda 1 única vez ao longo de 20 anos (altura em que foi composta). E assim ouvimos uma improvisação de um "Stick to your Guns" que teve direito aos primeiros versos, refrão, segundos versos, refrão novamente e quando chegava a altura do solo foi ouvir o dueto de compositores Jon e Richie a repetirem a linha "It's oly if you have to" inúmeras vezes até chegar o momento de unirem as guitarras e soltarem um sorriso para os fans. Surreal é a única palavra que me ocorre para descrever este momento sublime....

A banda despediu-se do que foi um seus melhores concertos, provavelmente não apenas desta torné, mas da sua já longa carreira.....


E sem tempo para descansar no dia seguinte testemunhámos o que para muitos foi um grande concerto. Analisádo o set-list não há qualquer dúvidas, as estreias nesta torné Europeia de "One Wild Night", "Story of my Life", "Dry County" e "Last Man Standing" acompanhadas de um genial "Livin in Sin" enchem as medidas de qualquer fan mais exigente. Se a isto juntarmos o facto de que inovaram o set list básico ao remover o "Whole lot of Leavin" e o "We gotta goin on" (no primeiro caso não se notou a falta, ao contrário do segundo que é já um momento alto dos concertos deste ano) e adicionaram um "Any other Day" que se apresenta possivelmente como a melhor versão ao vivo das faixas do último disco de originais, não temos dúvidas em afirmar da qualidade do concerto.

Mas, ironia das ironias, tive a prova de que um excelente set list não faz um concerto excelente. As razões são várias e começam logo num público "morto" que pouco respondia aos apelos da banda. O frio que se fez sentir talvez tenha inibido os presentes e a banda notou isso. Em segundo lugar foram vários os problemas tecnicos que se repetiram durante o concerto (parece que é destino dos concertos em terras belgas, já que em 2003 o concerto foi marcado por uma falha de electricidade). A tudo isto juntou-se uma banda que cometeu gafes que irritaram o "maestro" que se fartou de com cara de poucos amigos avisar os colegas. Até a versão do épico "Dry County" teve inúmeras falhas com um JBJ a ler a letra que se encontrava no chão do palco do principio ao fim. E a limitar-se a orquestrar uma banda que nitidamente não está rodada com este tema. A apreensão do vocalista foi disfarçada sempre que encarava a audiência, sendo perfeitamente plausivél afirmar que houve momentos intensos como a interpretação electrizante de um "One Wild Night" com direito a introdução e várias danças do lead singer. Olhando o setlist foi possivel perceber que se enganaram no alinhamento já que "Livin in Sin" deveria ter aparecido logo no main set, e que por isso deixaram de fora um "Make a Memory" que já há muito que não se ouve. No entanto há a salientar que os temas Blaze e Blood foram trazidos para o set list, já que faziam parte apenas dos audibles.

Resumindo e concluindo, um concerto que começou com muita garra, foi perdendo a força e ao sabor do frio e da pouca participação, viu os Bon Jovi debitarem êxitos e a surpreenderam com um set list de sonho, mas que não teve público à altura. A banda foi sempre profissional mas por certo este não figurará na lista dos seus concertos predilectos.


E assim chegou ao fim um extended weekend em que pude acompanhar a banda que todos idolatramos. Uma semana curta de trabalho esperava-me até que pudesse voltar a essa "estrada perdida" para a última e derradeira etapa desta torné.

11 março 2009

Sayreville, 2009
"The story of my life", JBJ

Cheguei à pouco de uma viagem para a qual não tinha muitas expectativas, mas que se revelou surpreendente.

Foram 10 dias num misto de férias culturais, roadtrip e visita à capital do planeta Terra: NYC, com um cheirinho a Bon Jovi.

Passando ao que interessa, 2 dias a visitar o Estado de New Jersey e alguns dos sítios que marcaram o início da vida não só da banda mas como de alguns dos seus membros. Paragens obrigatórias em:

- Woodbridge, na antiga casa dos pais do Richie onde as músicas do Slippery foram compostas;

- Sayreville, casa da infância do Jon; escola secundária; estúdios onde foram gravadas as demos do Slippery - Century Studios - que infelizmente estavam fechados; Angelo's Pizza (antigo Enzo's) Pizzaria onde foi recrutado o famoso "pizza parlor jury" em 86 e 88 e que seleccionou os temas que iriam fazer parte dos dois álbuns;

- Roadside Diner onde foi gravado o vídeo do "Sat Night" e foram tiradas as fotos promocionais do "Crossroad";

- Red Bank com o seu mítico "Count Basie Theater", Pizzaria "Umberto" onde o Jon customava ir e "Jack's Music store" em que podemos encontrar uma guitarra autografada por todos os elementos da banda com dedicatória especial.

- O bar Elements em Sea Bright, do Mat onde se realizou uma festa de antecipação ao concerto de dia 23 - com muitos fans e música Bon Jovi a passar com umas misturas muito bem feitas pelo DJ - até chegámos a ouvir a bridge e refrão do Prayer apenas com a voz do Jon - arrepiante, mesmo sabendo que se tratava de uma gravação da voz do vocalista e da magia que um DJ consegue fazer;

- Starland Ballroom, local onde o Jon tocou em miúdo, a Dot trabalhou, foi filmado o video do "Only Lonely" e pelo que o Jon disse o próprio Richie foi dono.

E foi neste último local que podemos assistir a um concerto exclusivo para membros do clube de fans. As minhas expectativas eram muito baixas, pelo que contava com apenas com 1 hora acústica e talvez algumas histórias. Mas a organização do evento e principalmente o Jon conseguiram transformar o que poderia ser apenas um concerto para preencher um ano em que não haveria muitas aparições da banda, em algo único e que provavelmente não se irá repetir...

Assim sendo o Jon juntou os "Big Dogs" que o acompanharam em 97, à excepção do Hugh que foi substituído no baixo, e da secção de sopro que foi adicionada para este evento. Neste concerto podemos acompanhar a história da lenda Jon Bon Jovi, desde os seus dias de bares em que tocava covers com as suas primeiras bandas, entre as quais músicas dos seus heróis Southside Jonnhy & the Asbury Jukes, passando por interpretações das demos que foram gravadas nas horas mortas dos Power Studios em New York e produzidas pelo primo Tony, incursões pelos dois álbuns a solo e claro alguns dos clássicos e músicas pessoalmente favoritas da carreira dos Bon Jovi.

A viagem começou ao som da bateria a dar o ritmo para a entrada em cena do Sr John Francis Bongiovi Jr. que nos deu as boas vindas ao som de "So You Want to Be A Rock and Roll Star". Era o sonho de um miúdo que via o Mundo a partir de New Jersey e se encantava com lendas do seu estado natal. "This Time Its For Real" cover do herói Southside Jonnhy foi o passo seguinte numa noite que surpreendia desde o início. Às primeiras palavras de boas vindas.ele comentou "Muitas vezes falei-vos na máquina do tempo, bem este vai ser um concerto especial em que vou vos levar comigo". Ouvimos uma versão do primeiro hit que mais parecia tirada a papel químico da gravação e das primeiras interpretações da banda.

Seguiram-se duas músicas da box set "I get a Rush" e "Garageland" que o Jon apresentou como tento muito significado em termos da banda e do que representava na sua vida. "Lost Highway" o tema título do último registo de originais marcou presença com um cheirinho da torné de 2008. Depois, ouvimos músicas que ninguém poderia imaginar que fossem desenterradas do baú, temas que o Jon escrevera com pouco mais de 16 anos e cujo som datado do fim dos anos 70, início dos anos 80, deram origem ao comentário: "That was fun..... once". As músicas foram "Head over Heels", com o seu ritmo muito particular e "Don't leave me tonight" numa letra dedicada à ainda hoje Mrs Bongiovi. Verdadeiras pérolas que no contexto de 2009 não fazem sentido, mas que em 1978 foram os primeiros exercícios práticos de um artista em bruto que ainda estava a descobrir como ter sucesso.

Depois foi tempo para ouvir 3 músicas da aventura do Jon em Londres que se transformou em disco em 97. Ouvimos um hit Europeu, um single fracassado com um significado pessoal e talvez umas das letras mais sinceras que alguma vez o Jon escreveu. Arrepiante a interpretação de "Every word was a piece of my heart".

A banda sempre muito profissional sem cometer qualquer erro e com muito ritmo. Não era o Richie, nem o Tico, ou o David, mas era ver um Kenny Arnoff na bateria com um estilo diferente com menos emoção e mais acelerado, que não conseguia estar parado; o baixista John Conti que dava o ritmo e não falhava uma nota; o percursionista Everett Bradley que dançava com os seus brinquedos e enriquecia cada música com sons muito particulares; um Jeff Kazee nas teclas que vibrava ao mesmo tempo que oferecia toda a magia dos Jukes à banda; a secção de sopro que sempre que solicitada enchia o ambiente com uma atmosfera de New Jersey tão característica das músicas da E-Street band e dos Jukes. E claro, o braço direito do Jon fora da sua banda: Bobby Bandiera, nas palavras do Jon um herói que enchia o Stone Pony tocando covers enquanto os "Wild Ones" tocavam originais para meia dúzia de pessoas (entre as quais familiares) no "Fast Lane" que ficava situado do outro lado da rua em Asbury Park.

Dois temas dos Jukes foram então interpretados, o clássico "Broke Down Piece of Man" em dueto entre o Jon e o Bobby, e um tema que nem mesmo os próprios Jukes já interpretam "All I Want Is Everything". Temas com muito ritmo e divertidos que deliciaram mesmo aqueles que os ouviam pela primeira vez. "Whole Lot of Lonely" (como apresentado ou simplesmente "Lonely" como listado na track list das edições Inglesa e Japonesa do álbum "Lost Highway"), um outtake do último álbum de originais que nas palavras do Jon não foi incluída pelo facto do título ser facilmente confundida com outra música, além de musicalmente ser demasiado semelhante ao primeiro single do álbum. No entanto não deixou de dizer que esta música deveria ser interpretada por alguém como Chris Isac para potenciar ainda mais o tema. Um momento muito íntimo com as luzes baixas e um ambiente característico de um bar que não levava mais de 3000 pessoas.

A máquina do tempo retorcedeu então a 1990 e pudemos ouvir 3 músicas da banda sonora do filme "Young Guns 2", sendo 2 delas estreias absolutas em concerto - o "never say die" apenas tinha sido interpretada num programa de rádio. Devo confessar que quer o "Never Say Die" quer o "Bang a Drum" foram momentos mágicos provando que as grandes canções são intemporais, não precisando de ser singles para poderem ser tocadas 19 anos depois com uma frescura e energia contagiantes. A primeira que é um crescendo de alegria, ritmo e esperança com espaço para a guitarra solo e bateria brilharem, enquanto que a segunda transportou uma emoção que tranmitiu toda a fé e esperança que o compositor depositou ao escreve-la. Um misto de Rock e Soul Brilhante. O ritmo de "Billy get your Guns" deu o mote para a atmosfera de festa que se sentia e que tão bem foi seguido com versões de dois clássicos da banda nomeada com o nome artistico do cantor: "Someday I'll be Saturday Night" e "Wanted Dead or Alive", a segunda sem o explendor do
"King of Swing" mas com a paixão do mentor por detrás de toda a máquina Bon Jovi. O tema Country do último registo de originais "I Love this Town" fechou o espetáculo com muita energia, mãos no ar e um Jon Bon Jovi com sorriso de orelha a orelha que prestava homenagem à cidade em que cresceu como pessoa e como músico, em que desistiu dos estudos, agarrou na guitarra e perseguiu um sonho, arrastou com ele muitos e fundou uma família que contagiou uma legião de fans que ainda hoje, 25 anos depois do primeiro álbum, partilha o sonho e acredita que vale a pena lutar.

Mas a noite ainda não tinha acabado e tivemos direito a um encore de 3 músicas: "Just Older" com referência obvia ao aniversário que se aproximava, "When you get to my age you don't celebrate anymore ... Once I was young and pretty". Seguiu-se um tema que não estava previsto no set list "Prayer'94" com toda a inspiração da interpretação íntima em tons graves e com uma guitarra electrica que dava côr aos restantes sons acústicos que mantinham o ritmo. Melancólica e íntima, numa palavra Perfeita para o ambiente tão caseiro em que nos encontrávamos. Antes de se despedir o Jon ainda teve tempo para dar notícias dos seus colegas, o Tico que se encontra a fumar charutos na Flórida, o David que tem o seu segundo músical "The Toxic Avenger" a estrear na Broadway em NYC já este mês, depois do sucesso de "Memphis" em Seatle, e claro, o Richie que está em contacto permanente com o Jon e que depois de os dois terem sido escurraçados de Nashville já têm 20 temas de para um novo álbum com muitos Riffs Rock. "What else can I say... ask me anything... where are you from?".. "I came all the way from Portugal just for this" foi o que a Lena respondeu ao Jon quando este lhe estendeu o microfone.... Que mais podemos querer:)

"Who says you can't o home" o tema do estado desde 2006 encerrou uma noite mágica em que o Jon nos presenteou com a história da sua vida. As suas inspirações, os seus primeiros temas, os sucessos da banda, os projectos pessoais em que se arriscou sozinho e com mais ou menos sucesso colheu sempre os respectivos dividendos. Foram também as músicas mais pessoais e predilectas do cantor e compositor que encheram o ar com o ego de um homem que tem garantido o seu nome na história do Rock'n'Roll. Ele próprio nos anunciou que para o ano serão elegiveis para o verdadeiro "Rock'n'Roll Hall of Fame" e se esse momento chegar nada nem ninguém poderá apagar o que tantos espalhados pelo mundo já não têm dúvidas.

No dia seguinte houve um segundo concerto com o mesmo alinhamento apenas para utilizadores e colaboradores da "Master Card" a que com muita dificuldade e sorte à mistura conseguimos ter acesso a bilhetes. Foi um reviver da noite anterior com algumas mensagens especiais entre as quais a dedicação do tema "Don't leave me tonight" "for my lovely wife" que se encontrava presente. Para mim o momento mágico foi durante o "Just Older" quando o Jon olhando para mim repetiu depois de lêr nos meus lábios "breathing that Jersey air".

Foram momentos mágicos passados num bar de Sayreville em que havia pessoal sentado a comer nas mesas situadas a um nível um pouco superior, ou no bar a beber cerveja enquanto a maior parte do público enchia todo o espaço em frente do palco para aplaudir num ambiente simples e acolhedor um momento único de retrospectiva na vida deste ícone.

Enfim, muito poderia acrescentar e podem ver muito do que se passou no já habitual youtube de onde tirei os videos de alguns dos momentos referidos, mas o essencial aqui ficou....


for all the believers out there....
... see ya out on the road